As cadeias de suprimentos não são, geralmente, construídas sob a visão de flexibilidade. Eles não são ágeis e não consideram mudanças rápidas nos mercados. Em vez disso, elas são construídas em sistemas fragmentados que podem falhar quando confrontados com escassez ou mudanças na demanda.
Os operadores logísticos também demoram a adotar novas tecnologias. Enquanto muitos negócios mundo a fora adotam tecnologias de nuvem para ajudá-los na integração da comunicação, essas empresas continuam a usar aplicativos e ferramentas diferentes para gerenciar pedidos, administrar estoque e enviar mercadorias.
A COVID-19 apenas destacou esses problemas. Em fevereiro de 2020, vimos o início de um “jogo das cadeiras” muito ruim no âmbito global. De repente, a China estava exportando uma tonelada de equipamentos de proteção para novos locais, onde os contêineres se acumulavam nos portos e não voltavam às suas origens. Para agravar o problema, havia falta de profissionais como caminhoneiros e estivadores.
O resultado foi um efeito dominó de escassez que produziu um aumento nos preços e prateleiras vazias. Hoje, estamos jogando um jogo massivo de recuperação, enquanto recuperamos um fluxo efetivo de mercadorias de um lugar para outro diante dos maiores atrasos que o mundo já viu.
Embora os especialistas digam que eventualmente nos recuperaremos, as cadeias de suprimentos precisam mudar para sempre. Nesse contexto, neste post estão cinco grandes desafios que as empresas continuam enfrentando em suas cadeias de suprimentos – e as soluções que ajudarão os provedores logísticos a se prepararem para o futuro.
Mais do que nunca, as pessoas estão comprando cada vez mais online. Em 2021, foi registrado um crescimento de 27% nas vendas de e-commerce e um faturamento de 161 bilhões de reais, no Brasil.
O e-commerce veio para ficar, pois é conveniente, econômico e oferece aos consumidores muitas opções. Com o aumento da demanda por produtos através do universo virtual, o e-commerce também continuará aumentando a demanda por serviços de fulfillment e transportes last mile. Embora o e-commerce já estivesse tendo um crescimento incrível, a pandemia apenas acelerou esse sucesso.
A indústria e o transporte – já prejudicados pela escassez de trabalhadores – não foram capazes de acompanhar a nova demanda. Isso resultou em gargalos, como o recorde de atrasos no porto, onde os navios porta-contêineres esperavam semanas para descarregar a carga.
Enquanto isso, a demanda por produtos via lojas virtuais não diminuiu, pois os consumidores se acostumaram a comprar produtos online. Devido à conveniência, custo e velocidade do e-commerce, eles provavelmente não retornarão (ou diminuirão consideravelmente) aos velhos hábitos.
Para se adaptar às mudanças na demanda e nos hábitos dos consumidores, as empresas precisam pensar em adotar novas ferramentas, sistemas e estratégias. Elas precisam se afastar das cadeias de suprimentos restritas e inflexíveis e, em vez disso, adotar recursos de logística baseados em tecnologia com escalabilidade sob demanda e espelhada na nuvem.
As empresas contam com estivadores, motoristas de caminhão e funcionários de depósitos e armazéns gerais para continuar administrando efetivamente a parte de transporte e logística de seus negócios. Quando não há trabalhadores de transporte suficientes para movimentar mercadorias, as cadeias de suprimentos quebram rapidamente.
Parte do desafio é o minimizar o alto desgaste dos funcionários. As gerações mais jovens estão muito menos interessadas em empregos de transporte. A maioria dos caminhoneiros tem mais de 50 anos e está se aposentando de uma força de trabalho com uma alta taxa de atrito de funcionários. Embora os empregos de motorista de caminhão paguem relativamente bem, as gerações mais jovens não estão tão interessadas em empregos que não oferecem um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o que torna menos atraente se tornar um motorista de caminhão.
A pandemia só agravou esse problema. Quando os estivadores e motoristas de caminhão não vinham trabalhar porque estavam trancados ou eram sintomáticos, as cadeias de suprimentos quebravam. Mas a escassez de trabalhadores não se limitou apenas à parte de transporte das cadeias de suprimentos. Dentro dos armazéns, os pedidos de permanência em casa e o aumento dos casos de COVID-19 mantiveram os trabalhadores longe das instalações.
Por fim, há falta de espaço para responder à nova demanda de produtos. Um aumento de US$ 1 bilhão nas vendas resulta na necessidade de mais 90 mil metros quadrados (m²) de espaço de armazenamento. Mas o espaço do armazém nem sempre é fácil de encontrar, ao passo que o espaço vago despencou e o aluguel de módulos de armazenamento subiu. As empresas estão até “acumulando” espaço de armazenamento para se prepararem para o futuro.
Idealmente, o mercado pode utilizar melhor seus recursos – pessoas, espaços e equipamentos.
O estoque centralizado pode ser comparado ao modo como costumávamos acessar a Internet e armazenar dados. Nos anos 90, as organizações (e famílias) abrigavam seus próprios servidores. Se o servidor caísse, as informações poderiam ser perdidas. Hoje, contamos com servidores em nuvem descentralizados para armazenar nossos dados.
Assim como os servidores descentralizados nos dão uma maneira segura e flexível de usar computadores, executar software e armazenar dados, o estoque descentralizado fornece uma camada de segurança e agilidade no fulfillment. É como diz o ditado, “não coloque todos os ovos na mesma cesta”. A tecnologia Cloud Supply Chain pode ajudar as empresas a gerenciar o estoque e o fulfillment em vários armazéns, dimensionados conforme o necessário e ajudando as empresas a permanecerem flexíveis para responder às mudanças na oferta e na demanda.
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As empresas B2C e B2B contam com uma variedade de parceiros e plataformas para ajudá-las a atender e enviar pedidos. As empresas podem trabalhar com diferentes parceiros comerciais, varejistas, operadores logísticos e transportadoras de encomedas. Além disso, elas podem ter um sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP) junto com vários canais de vendas. Em suma, esses sistemas se integram e organizam dados de várias fontes.
A maioria das empresas está atrasada na adoção de tecnologia para suas cadeias de suprimentos. Elas normalmente não têm a capacidade de gerenciamento de dados necessária para tomar decisões inteligentes que antecipem o futuro, porque não têm visibilidade de todos os vários elementos em toda a cadeia de suprimentos. Em vez disso, elas têm uma mistura praticamente ininteligível de números desatualizados que representam estoque e vendas.
A tecnologia Cloud Supply Chain ajuda a aliviar esse problema reunindo os dados em uma única plataforma. Em vez de perder tempo e recursos tentando agregar dados e obter insights de todas as suas cadeias de suprimentos, as empresas podem visualizar todos os seus pedidos, estoques e dados de entrega em um único painel.
O resultado? As empresas obtêm informações valiosas para tomar melhores decisões sobre os níveis de estoque e a demanda por seus produtos.
O uso de vários operadores logísticos terceirizados (3PL) para fulfillment e entregas pode resultar em uma cadeia de suprimentos desconectada que não oferece muitas informações ou atende às suas necessidades específicas. Conectar peças díspares – como um ERP, sistema de gerenciamento de pedidos, sistemas de gerenciamento de armazém e parceiros de varejo – dificulta a compreensão do que realmente está acontecendo. Tentar integrar todos esses sistemas diferentes é caro, demorado e, na maioria das vezes, não funciona corretamente. As informações permanecem isoladas e desatualizadas.
E os 3PLs convencionais normalmente não podem ser personalizados para suas necessidades específicas de logística. Em vez disso, eles oferecem serviços fixos e geralmente os vinculam a contratos de longo prazo com flexibilidade limitada que impedem que você responda rapidamente às mudanças na oferta e na demanda.
As soluções de cadeia de suprimentos baseadas em nuvem permitem que você fique mais sincronizado com seus negócios e as condições de mercado em constante mudança, gerando mais tempo para satisfazer as exigentes expectativas dos clientes de hoje.
Não completamente…
O transporte e a logística como um todo sempre tiveram uma infraestrutura “frágil”. Construído sobre uma infraestrutura rígida e inflexível, falta de tecnologia e estoque centralizado, os provedores de logística e as empresas que dependem deles estão se preparando para o fracasso há algum tempo – e nos últimos dois anos, testemunhamos uma quebra significativa dessa infraestrutura.
A tecnologia Cloud Supply Chain é o futuro da logística. Uma rede distribuída com insights centralizados oferece às empresas um caminho a seguir, mesmo em meio a todo esse caos. Ao conectar todos os seus sistemas díspares e oferecer capacidade escalável, a tecnologia Cloud Supply Chain poderá ajudá-los a superar o desafio da escassez, fazer melhor uso de seus recursos, otimizar sua cadeia de suprimentos e obter novos insights.
A última modificação deste post foi em 11 de dezembro de 2023
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